domingo, 3 de novembro de 2013

Como saber se está sonhando ou projetado no Astral?



O artigo que segue foi compilado do Portal Todos Somos Um - que indico a todos que tiverem interesse por assuntos relacionados aos que o Paralelos Experimentais trata. A diferença básica entre um sonho e uma projeção astral está no modo em que atuamos em ambos.

Geralmente, o sonhador tem pouca ou nenhuma autonomia sobre os fatos que ocorrem, sendo que deste modo costumam aparecer situações extremamente bizarras que são vivenciadas pelo receptor com normalidade, pois todo aquele que sonha, está numa situação passiva em que é acometido por imagens oníricas. O motivo deste fato acontecer é devido a alguns aspectos.



Em primeiro lugar ocorre quando a pessoa em questão vive situações emocionais conflitantes de difícil "digestão", e então, numa tentativa de se reorganizar internamente, projeta as suas emoções nas diversas modalidades de sonhos, sendo que a mente as recria em imagens simbólicas devido à dificuldade de se enfrentar os fatos em si - imagens estas que são recriadas no plano astral, pois mesmo em um sonho, estas transcendem o lugar da mente.

Uma situação traumática não-vivenciada em sua plenitude, poderá ser retomada através de sonhos que aparecerão com diversas facetas diferentes, mas sempre com o mesmo conteúdo energético a ser trabalhado. Uma determinada situação - quando não estiver muito clara à pessoa - poderá ser reorganizada através de diferentes caras, fantasias e desejos.

O mesmo pode acontecer nas situações obscuras onde existem fatos que as pessoas não tem nem a coragem de contar para si próprias, e estes podem se modelar de tal modo a aparecer assustadoramente para a vítima do sonho.


Em resumo, aquele que sonha, na verdade, está sendo sonhado e é a 'vítima' do mesmo, pois durante o seu sonho não costuma ter senso crítico algum, portanto não sabe do seu poder de ação para transmutar a realidade que se apresenta.

E é também deste modo que os sonhadores 'recebem' as suas vidas, nesta postura passiva onde os fatos chegam até eles inusitadamente e eles - como vítimas dos mesmos - buscarão como poder lidar com as situações já apresentadas. Estes seres ainda não sabem o quanto podem criar as suas próprias realidades. 

Numa projeção astral, diferentemente de um sonho, o projetor sempre está à frente com o seu poder de ação, percebe as situações com senso crítico e mais - ao mesmo tempo - capta toda a realidade por onde transita... isto é, tem a visão multimodal, percebe simultaneamente o todo, o clima e o que sente, questiona-se com frequência sobre os seus sentimentos, nota o que o outro sente, o chão em que pisa (se estiver numa 'fisicalidade' com chão). Toda a percepção passa a ser simultânea.


Mesmo que a princípio o projetor possa não ter a clareza de estar fora do corpo, assim que volta e ativa a sua pára-memória, tem a certeza absoluta que vivenciou uma projeção astral e não um sonho, sendo que esse é só o começo da aventura.

O quanto mais se avança em canais de lucidez, mais se transita por diversos padrões de realidades fora do corpo percebendo que se está lá. Por intermédio das projeções astrais lúcidas, podem-se ampliar os inúmeros canais conhecidos como paranormais aqui nesse plano e a pessoa entende de outra maneira o que são os sonhos premonitórios e outras tantas manifestações espontâneas, pois acessa todo seu poder de ação e captação com consciência.


sábado, 2 de novembro de 2013

Sistema solar "gêmeo" é descoberto - e semelhanças impressionam astrônomos.


A notícia foi veiculada na página do History Channel. Essa semana astrônomos de todo o mundo conseguiram identificar um sistema solar "gêmeo" do nosso - com sete planetas. A descoberta se trata do sistema planetário que orbita a estrela KIC 11442793, residente há 2.500 anos luz do nosso Sol, na constelação de Cisne - "Pó de Diamante!" =P

O que impressionou astrônomos do mundo inteiro foi o encontro do sétimo planeta dentro deste sistema, o que trouxe outra dimensão a sua relevância no âmbito da astronomia

Apesar de contar com um planeta a menos, o sistema "gêmeo" apresenta traços muito semelhantes ao nosso sistema planetário entre os quais destacam-se dois planetas parecidos com a Terra, três super-Terras e dois corpos gasosos imensos. 

Além disso, tal como ocorre em nosso sistema, quanto menor o planeta, mais próximo orbita de sua estrela. O planeta recentemente descoberto tem quase três vezes o diâmetro da Terra e ocupa o quinto lugar de sua formação, da estrela para fora (espaço). Por sua dimensão, este planeta leva apenas 125 dias para completar uma volta em torno de sua estrela.

Uma das coisas mais interessantes desta descoberta foi a participação fundamental de um grupo de astrônomos amadores que colaborou através do site Planet Hunters (recomendadíssimo), processando inúmeros dados obtidos pelo telescópio Kepler, durante sua investigação espacial.



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"The Hubble Ultra Deep Field- in 3D"

Reproduzindo o conhecimento...

Em meados do ano 2000, o Telescópio Espacial Hubble fotografou a imagem do milênio - que revela (a quem tem o mínimo de entendimento possível) nosso lugar no universo. Qualquer um que entenda o que esta imagem representa, é permanentemente transformado por ela.


* As Legendas estão disponíveis. Basta ativá-las.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Loreena McKennitt - All Souls Night

Conforme prometido anteriormente, segue um trecho da gravação oficial do Álbum Nights from the Alhambra, da Bruxa Cancioneira - Loreena McKennitt. A tradução desta belíssima canção, "All Souls Night", está descrita logo abaixo do vídeo. Irei divulgar, gradualmente, outras músicas desta cantora canadense.

Sua biografia e aspectos de sua brilhante carreira podem ser conferidos neste Post - veiculado no Blog. Aprecie esta melodia - conselho a quem interessar possa - sob noite enluarada, com a companhia de taça apropriada (e goles) de um bom vinho Pérgola.



Noite de Todas as Almas

Fogueiras pontuam as colinas ondulantes
Figuras dançam em círculos
Para tambores que vibram em ecos na escuridão
Movendo-se com a música pagã.

Em algum lugar em uma memória oculta
Imagens flutuam diante de meus olhos
De noites perfumadas de palha e fogueiras
E de dança até o próximo alvorecer

REFRÃO

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

Figuras de palha de milho curvam-se nas sombras
Seguras tão ao alto quanto as chamas alcançam
O cavaleiro verde guarda o arbusto sagrado
Para marcar por onde o ano velho passa

REFRÃO

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

Fogueiras pontuam as colinas ondulantes
Figuras dançam em círculos
Para tambores que vibram em ecos na escuridão
Movendo-se com a música pagã.

De pé na ponte que cruza
O rio que vai para o mar
O vento é preenchido por milhares de vozes
Elas passam pela ponte e por mim.

REFRÃO (2 x)

Posso ver luzes na distância
Tremeluzindo no escuro manto da noite
Velas e lanternas estão dançando, dançando
Uma valsa na Noite de Todas as Almas.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ciências Paralelas - Teaser (HD) - Divulgação

Tomei contato hoje com um Canal denominado "Ciências Paralelas" e fiquei impressionado com a qualidade do Projeto - muito bem elaborado - e que merece ser estudado para uma Postagem mais completa aqui no Blog. O vídeo que compartilho abaixo trata-se do "teaser" e discorre sobre as abordagens temáticas que serão tratadas - numa coletânea de produções que irão se aprofundar nas formas de ciências alternativas. Assuntos como Tecnologias Modernas em relatos Bíblicos, Paranormalidade, Ufologia, e registro de Orbes - bem como estudos específicos e detalhados sobre grandes nomes da ciência alternativa, como Nicola Tesla. Gradualmente, irei divulgar os vídeos produzidos pelo Canal. Por enquanto, fiquem com o 1º de uma sequência que somente tem a somar ao Saber.

domingo, 13 de outubro de 2013

Mecanismo de Antikythera - Animação em 3D


Este post é um complemento de informação sobre um tema tratado anteriormente aqui no Blog: o computador mais antigo do mundo - datado de cerca de 2.000 anos. É desnecessário dizer o quanto a descoberta deste mecanismo revolucionou a questão histórica sobre o Homem e o período em que a Humanidade passou a fazer uso de Tecnologias. Os outros conteúdos estão contantes aqui no site - e podem ser acessados aqui e, também, neste link.

Este vídeo tem função didática para uma compreensão sistêmica sobre o intrincado funcionamento da Máquina de Antikythera, portanto, visualize-o e lembre-se de que o mecanismo foi confeccionado em 82 a.C, sendo considerado um verdadeiro "planetário de bolso" - além de servir como sistema computacional analógico para a previsão de Eclipses e conjunturas estelares. O artefato está exposto no Museu de Arqueologia de Atenas, atualmente

Sobre seu Funcionamento: de um lado está um eixo que, quando gira, põe em movimento os ponteiros de todas as escalas a velocidades diferentes. Os ponteiros estão protegidos por tampos móveis, de bronze, sobre os quais existem longas inscrições.

O professor americano Solla Price interpretou o aparelho como uma espécie de ‘computador’, que poderia calcular os movimentos da Lua, do Sol e dos planetas. A Máquina de Antikythera não deixa dúvidas de que, durante a Antiguidade, trabalhavam mecânicos de precisão de primeira classe. Além disso, o mecanismo era tão complicado que, provavelmente, não era o primeiro modelo da espécie

Mas fica uma dúvida: na época de Cristo ainda não existia a concepção de um céu com estrelas fixas, em movimento aparente, como consequência da rotação da Terra… Então, como este computador analógico foi desenvolvido, num sentido oposto a todo conhecimento existente em seu período de criação?

sábado, 12 de outubro de 2013

Taken - Episódio 10 - "Taken"

Taken - Episódio 09 - "John"

Taken - Episódio 08 - "Dropping the Dishes"

Taken - Episódio 7- "God's Equation"

Taken - Episódio 6 - "Charlie and Lisa"

Taken - Episódio 5 - "Maintenance"

Taken - Episódio 4 - "Acid Tests"

Taken - Episódio 3 - "High Hopes"

Taken - Episódio 2 - "Jacob and Jesse"

Taken - Episódio 1 - "Beyond the Sky"

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Sobre Taken


Taken é uma minissérie de ficção-científica exibida originalmente em 2002, nos EUA, pelo Sci-Fi Channel - sendo que sua produção teve status de grande evento televisivo (o que mais esperar de Steven Spielberg?). A série foi muito bem conceituada tanto por críticos quanto pelo público e, rapidamente, alcançou o status de produto cult - assim como também conquistou o renomado prêmio Emmy em sua categoria, no ano de seu lançamento.

Filmada em Vancouver, British Columbia, Canadá, a série foi escrita por Leslie Bohem, e dirigida a muitas mãos por Breck Eisner, Félix Enríquez Alcalá, John Fawcett, Tobe Hooper, Jeremy Paul Kagan, Michael Katleman, Sergio Mimica-Gezzan, Bryan Spicer, Jeff Woolnough e Thomas J. Wright. 

Quem assina a produção executiva da série são Bohem e Spielberg.

O elenco inclui: Julie Benz, Desmond Harrington, Emily Bergl, Steve Burton, Eric Close, Heather Donahue, Dakota Fanning (que narra a série e interpreta Allie Keys), Matt Frewer, Joel Gretsch, Ryan Hurst, Adam Kaufman, Ryan Merriman, Michael Moriarty e Anton Yelchin. 

Pesquisando mais sobre o processo de feitura do seriado, encontrei referências sobre Taken no site da BBC - quando a emissora estatal inglesa transmitiu os episódios completos (em 2005). Aqui no Brasil, obtive contato com o seriado em 2008, quando a Bandeirantes a exibiu - ao longo de 3 semanas. Naquele mesmo ano houve uma reexibição - pois o ibope teve um resultado interessante - ainda que Taken nunca tenha alcançado a massa brasileira (que prefere novelas).

Abaixo, segue uma "apresentação" produzida pela rede britânica com uma breve entrevista com o próprio Steven Spielberg sobre a motivação que o conduziu a assinar a produção. O texto foi editado por mim - pois traduções automáticas sempre tem seus problemas de concordância e significado.

A minissérie produzida para TV foi lançada em DVD - 
sendo dividida em 3 volumes. Acima, a capa do V. 1.

Todos conhecem a tradição aceita sobre abdução alienígena - os 'greys', aliens de grandes e profundos olhos negros, as luzes inexplicáveis nos céus noturnos, procedimentos cirúrgicos ímpares (implantes)... Mas o que acontece com as pessoas cujas vidas são tocadas/transformadas por extraterrestres?
Este é o foco que orienta a série. Spielberg explica que Taken aborda o lado humano dentro de um histórico das visitações de alienígenas à Terra - especialmente os traumas e perdas provocados por estes contatos. Não é exagero classificar o seriado como "épico", uma vez que os dez episódios da saga traçam as histórias de três famílias por mais de meio século, acompanhando desde os primeiros relatos dos foo fighters, na Segunda Guerra Mundial, passando pelas indecifráveis mensagens nas plantações (agroglifos ou crop circles) até experiências genéticas - resultando em híbridos humano-alienígenas. A narrativa ainda conta com o entusiasmo incansável de personagens céticos, empenhados em desmentir o fenômeno UFO.

Spielberg sempre foi um grande incentivador para Leslie Bohem e sempre teve uma visão muito distinta para o projeto:

Spielberg: "Eu sempre fui interessado pelo gênero, e pensei que não poderia reduzir esse assunto em uma ou duas horas e quinze minutos para um longa-metragem. Era necessário mais paciência e muito mais tempo para realmente fazer uma trajetória decente sobre a história de abduções alienígenas a partir em 1947 até hoje. Taken é algo que trata, essencialmente, sobre histórias de abduções alienígenas [...]. E acredito que o que vai manter as pessoas sintonizadas a este trabalho é o fato de que os personagens são muito convincentes, ao passo que é possível vê-los "evoluir" com o passar das décadas."

Narrado por uma menina de sete anos de idade, Allie (interpretada pela extraordinariamente talentosa Dakota Fanning), a história começa com um 'encontro' entre Russell Keys e misteriosos UFOs brilhantes, enquanto comandava uma missão de bombardeiro durante a Segunda Guerra Mundial contra aviadores alemães. Neste ponto específico, há a aparição dos foo fighters - como ficaram conhecidas as luzes que fizeram peripécias frente a esquadrões inteiros - tudo na obra, nos remete a referências históricas (e bem registradas).

À medida que o enredo se desenvolve, seguem eventos memoráveis, como o incidente em Roswell, em 1947, conspirações governamentais, pesquisas com engenharia reversa e, por fim, o legado de um 'visitante' e suas experiências genéticas em busca de um aprimoramento da espécie. As três famílias que formam o eixo da narrativa se envolvem sob aspectos diferentes em relação à temática de contatos com extraterrestres.

Bohem: "São casos sobre coisas incríveis que acontecem a pessoas comuns. Do ponto de vista de contar histórias, essas são os relatos mais interessantes para contar. [...] Eu sempre soube que haveria três pontos de vista", diz Frank Bohem, o escritor que assina com Spielberg, a Produção Executiva da série. 

"Eu queria olhar para uma família comum, como os Keys, cujas vidas são rasgadas, destroçadas por esses eventos. Os Clarkes, especificamente Tom Clarke (o jornalista e escritor independente, tio de Allie) surgiu, em parte, porque eu estava fascinado pelo ceticismo radical que, comumente, envolve o assunto. E também, estava interessado em incluir um olhar descentrado sobre o que poderia estar acontecendo dentro do governo - coisa que alcancei com os protagonistas da família Crawford".

Ao final, a produção conseguiu satisfazer todos os aspectos técnicos de um épico televisivo: há uma extraordinária atenção aos detalhes, ao período histórico dos cenários e figurinos e, apesar do fato de que a maior parte foi filmada nos arredores de Vancouver, no Canadá, as equipes locais foram capazes de 'recriar' lugares tão diversos como Texas ou Alasca.

A minissérie produzida para TV foi lançada em DVD - 
sendo dividida em 3 volumes. Acima, a capa do V. 2.

Há também, os efeitos especiais - 'cinzas' alienígenas (os greys), naves espaciais, artefatos de outro mundo... A equipe de produção teve sua própria unidade de efeitos especiais e teve um feedback constante do próprio Steven Spielberg. O Supervisor de Efeitos Visuais, Jim Lima, observa:

"Eu tinha extensas reuniões com Steven Spielberg para tratarmos sobre os aliens, discutindo tudo o que se sabe sobre o assunto, a mitologia e os relatos de pessoas que relataram ter visto extraterrestres. Steven tem um conhecimento incrível nesta área, porque quando ele fez 'Close Encounters' (outra série de temática semelhante), ele foi e entrevistou essas pessoas e ouvi estas coisas em primeira mão. [...]. Nossa equipe teve tanta sorte de ter trabalhado para o mestre absoluto da ficção científica", finaliza Lima.

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Sobre as Famílias

Os Keys - Eles possuem um legado sanguíneo muito estranho.

- Ao longo de um período de cinquenta anos, esta família foi vítima de inúmeras abduções alienígenas e experimentações misteriosas. O início deste ciclo se deu com o capitão Russell Keys (Steve Burton), um piloto da Segunda Guerra Mundial, condecorado, cuja vida muda depois que seu avião é envolvido por uma estranha luz brilhante - numa batalha aérea contra aviadores alemães. 

Atormentado por sonhos e dores de cabeça extenuantes, Russell torna-se rapidamente um abduzido que recebe frequentes visitas alienígenas. Sua tormenta apenas termina após os extraterrestres se interessarem por seu filho, Jesse (Desmond Harrington). Assim como seu pai, Jesse também torna-se um veterano de guerra que alcançou muitas honras militares. 

As experiências na Guerra do Vietnã e seus constantes sumiços provocados por uma nave alienígena o transformam num homem mal-assombrado. Correndo do governo (e da família Crawford), Jesse involuntariamente passa seu legado para seu filho, Charlie (Adam Kaufman) - este, lutará bravamente para combater os alienígenas e os estragos que eles causam na vida de inocentes abduzidos.

A série televisiva com um total de 10 capítulos, foi lançada em DVD 
como uma Trilogia. Acima, a capa do volume 3.

Os Clarkes - Eles nunca foram totalmente humanos.

- A família Clarke é uma unidade coesa, cuja lealdade extrema protege o fato de que alguns de seus membros são parcialmente alienígenas - possuindo um DNA híbrido, resultado da mistura entre um 'grey' e uma mulher humana.

Sally Clarke (Catherine Dent) é uma dona de casa solitária, cuja vida é permanentemente alterada depois que ela passa uma noite de paixão com John (Eric Close), um estranho e atraente homem que aparece em sua casa, numa noite de tempestade. John é na verdade o alienígena sobrevivente de um OVNI que foi derrubado nas redondezas de Roswell, Novo México.

Depois de perceber que ela está grávida, Sally cria seu filho caçula Jacob (Anton Yelchin), com seu meio-irmãos Tom (Ryan Hurst) e Becky (Chad Morgan). Jacob é um híbrido 'que deu certo', fruto da relação sexual de Sally e John. 

Eles seguem vivendo, na maior parte do tempo, como uma família "normal", até que o governo começa a caçar Jacob para obter informações e fazer experimentos (olha os Crawfords aí, de novo). Com o passar dos anos, Jacob troca de identidade, a fim de despistar seus perseguidores, casa-se e vive como um anônimo qualquer. Seu legado é passado para sua filha, Lisa (Emily Bergl). 

Ao atingir a puberdade fértil, Lisa é levada a bordo de uma nave alienígena, onde é instigada, por processos artificiais alienígenas, a manter uma relação sexual com Charlie Keys. Depois de meses, Lisa da à luz a sua filha notável, Allie (Dakota Fanning), cuja história está no coração de Taken.

Os Crawfords - Eles não irão parar até alcançar a Verdade.

- Os Crawford formam um clã ambicioso e cruel que está determinado a descobrir os segredos por trás dos acontecimentos ligados aos alienígenas. O capitão Owen Crawford (Joel Gretsch) é designado a investigar uma nave extraterrestre que caiu em Roswell. Ele não se limita a nada - até mesmo sequestro e assassinatos - para avançar em sua carreira e resolver o mistério por trás da existência alienígena. 

Sua determinação é repassada para seus filhos, Eric (Andy Powers) e Sam (Ryan Merriman). Enquanto Eric segue os passos de seu pai, Sam segue um caminho diferente para a verdade - com resultados fatais. A filha de Eric, Mary (Heather Donahue) dá provas de possuir a ambição implacável, herdada de seu pai e seu avô. Após se vincular ao governo e se inteirar das conspirações, ela começa um caso amoroso com o Dr. Chet Wakeman (Matt Frewer), o ex-chefe de pesquisa de seu pai.

Juntos, eles manipulam as suas posições na tentativa de obter respostas e de alcançar poder - independentemente do custo para todos os envolvidos. Seus objetivos tortuosos resultam numa conclusão inesperada quando as herdeiros das três famílias - e os alienígenas - são forçados a um confronto final com consequências globais.

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Assim, concluo este Post (que deu muito trabalho, confesso). Sempre tive um carinho imenso por este seriado, pois, ainda que seja uma obra de ficção, contém todo o histórico de um fenômeno que acredito (dada sua obviedade), que presenciei, que compreendo a um ponto considerável (e que continuo a desconhecer em sua totalidade). Tudo isso, busco compartilhar convosco. Deixo aqui meu agradecimento absoluto à Brenda Sousa - que disponibilizou a série completa, verdadeira preciosidade televisiva, em seu Canal no YouTube. Por meio do trabalho dela, alcancei esta Postagem. 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A História de Deus [Doc] - BBC - Discovery Channel

Em 2011, postei este interessante Documentário aqui no Paralelos Experimentais - em vídeos fragmentados. Porém, os links foram desativados após certo período e cancelei os respectivos Posts. Nesta semana, após uma breve pesquisa (motivado por um interesse que vem martelando em meus pensamentos ultimamente), encontrei a série completa neste link, constante no blog 'TantettauS' (site bastante interessante, por sinal). Abaixo compilei o conteúdo disposto neste site, editando alguns trechos.

História de Deus - no original, "The Story of  God" - é uma sequência sobre religião e razão produzida pela BBC e exibida pelo Discovery Channel. Trata-se de uma série baseada em publicação homônima que examina a peculiar relação ciência & fé através do tempo - iniciando com o culto primitivo de nossos ancestrais e alcançando, em sua conclusão, um retrato da fé no mundo moderno.

Robert Winston, icônico apresentador britânico (também, renomado historiador e cientista político) fornece uma perspectiva única sobre o tema - toda a série foi baseada no livro de sua própria autoria (o cara não é fraco, não). A História de Deus, publicado em 2005, explora as origens das religiões. O documentário centra-se sobre as três religiões abraâmicas (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), e discute a crença em Deus com uma visão científica.

A série inclui muitas entrevistas com cientistas diversos, incluindo o geneticista Dean Hamer, o teólogo Ken Ham, o ateu Richard Dawkins, bem como os membros do programa CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear).

Durante o documentário Winston instiga debates notáveis, entre eles, com o pensador criacionista Ken Ham, visitando o Museu da Criação, onde, segundo ele, "os fatos científicos são ignorados em favor da certeza religiosa". Winston apresenta a sua visão de que a ciência e a religião têm um papel importante no desenvolvimento humano, mas passível de um erro básico, quando alguém passa a dar certeza absoluta a somente um dos lados - em detrimento da outro. "Essa postura pode ​​levar a sérios problemas", argumenta o apresentador. 

- Descrição dos três episódios:

primeiro episódio é focado nas antigas crenças Animistas e nas religiões orientais do Hinduísmo, Budismo e Zoroastrismo. O segundo, diz respeito às três crenças monoteístas abraâmicas: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. O terceiro episódio mostra como a ideia de Deus tem sido desafiada por pensamentos modernos, especialmente por teorias e descobertas científicas recentes. Eles estão dispostos em ordem decrescente, mas você acessá-los sem qualquer trabalho, clicando nos links deste parágrafo, se preferir.

sábado, 28 de setembro de 2013

Documentário 'Viagem aos Limites do Universo' [NatGeo]


Em Viagem aos limites do Universo somos apresentados a tudo aquilo que encontraríamos pelo caminho, caso pudéssemos viajar até o extremos do espaço galáctico.

O National Geographic Channel revela as maravilhas e temores dessa aventura rumo aos limites do Cosmos. Revisitando as lendárias 'pegadas' que Neil Armstrong deixou na Lua, sobrevoando o luminoso planeta Vênus e passando por Mercúrio – o pequeno planeta composto quase na totalidade por ferro – que alguns acreditam que pode ser o que restou de um planeta muito maior.

Em Marte podemos verificar aspectos de um planeta de extremos: com tornados, vulcões e desfiladeiros sem comparação possível com os que temos no nosso planeta. Ao confrontarmos Júpiter, três vezes maior do que a Terra, conheceremos o espetáculo aterrorizante de suas tempestades vermelhas constantes que duram há centenas de anos. Numa das luas de Saturno, Titan, veremos uma paisagem semelhante à da Terra, mas com rios, lagos e oceanos de metano líquido, ao invés de água. Poder-se-ia encontrar vida ali?

Prosseguindo a mais de 90 trilhões de quilômetros da Terra, encontraremos o sistema planetário da estrela Epsilon Eridani, onde anéis de poeira cósmica e gelo se assemelham à formação do nosso sistema solar ocorrida há aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Ainda mais longe, iremos encontrar a estrela Gliese 581, com mais ou menos a mesma idade do nosso Sol e com um planeta à distância equivalente para poder suportar vida- muito semelhante à Terra, por sinal.

Ao atravessarmos os Pilares da Criação, penetraremos através de formações de nuvens estelares como a famosa Nebulosa da Águia, onde estrelas enormes se formam, trazendo luz e, quem sabe, outras formas de vida ao Universo. Este conteúdo foi divulgado originalmente no site oficial do NetGeo e editado por mim. Delicie-se com esta super produção. E tenha uma boa jornada!



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Abaixo, você confere algumas cenas ilustrativas deste fantástico Documentário:







domingo, 9 de junho de 2013

A Última Fronteira do Hubble [Doc. Discovery Channel]



Documentário espetacular produzido pelo Discovery Channel: em órbita a cerca de 650 quilômetros da Terra, o telescópio espacial Hubble tem sido a mais importante janela para compreendermos a formação das estrelas. 

É um instrumento fundamental ao fornecer informação sobre a existência dos buracos negros e capturou a extremidade cataclísmica de estrelas distantes e maiores do que nosso próprio Sol. Esse é o universo maravilhoso do Hubble.

O telescópio Hubble fez com que uma teoria de longa data sobre a existência do Universo fosse posta em contradição, uma vez que suas lentes revelaram a expansão cada vez mais acentuada do Universo, o que poderia, por fim, levar à sua destruição. O Paralelos Experimentais disponibiliza o vídeo para você. Assista-o, logo abaixo.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Gigantesca cidade submersa descoberta no Triângulo das Bermudas


Informação veiculada na página oficial do History Channel esclarece sobre uma incrível descoberta conduzida pelos estudiosos canadenses Paul Weinzweig e Pauline Zalitzki. Os pesquisadores encontraram vestígios do que seria uma cidade submersa ao norte da costa leste de Cuba, no Triângulo das Bermudas - área também apelidada de "Triângulo do Diabo" por causa de constantes desaparecimentos não esclarecidos de aviões e barcos.

Com a ajuda de um robô-explorador de águas profundas [Robotic Ocean Vehicle - na sigla ROV], os investigadores encontraram ruínas a cerca de 700 metros de profundidade, e não demorou muito para que os achados fossem vinculados ao mito de Atlântida, um continente mencionado pelo filósofo grego Platão, que teria existido há aproximadamente 10 mil anos e que haveria sucumbido diante de um terremoto, uma erupção vulcânica ou uma inundação.

As imagens obtidas pelos especialistas permitem visualizar com nitidez construções arquitetônicas que somente poderiam ter sido feitas por homens - como monólitos com inscrições e pirâmides, uma delas feita de material cristalino, supostamente. De acordo com os cientistas, estas ruínas poderiam ser de um período pré-clássico da história do Caribe e da América Central. Ou não.

Outros relatos sobre o inesperado Achado Arqueológico

De acordo com o site especializado no estudo de estruturas piramidais espalhadas pelo globo, a noroeste da costa de Cuba, a 700 metros de profundidade, o robô submarino citado no texto acima, tirou as fotografias das ruínas de edifícios, quatro pirâmides gigantes e um objeto parecido com uma esfinge na extensão submersa que pode ser visualizada.

Especialistas sugerem que os edifícios pertencem ao período pré-clássico do Caribe e da História da América Central. Segundo estes estudiosos, a antiga cidade podia ter sido habitada por uma civilização semelhante aos habitantes de Teotihuacán (cidade fantasma de cerca de 2.000 anos, localizada a 50 km da cidade do México). 

Não é exagero considerar que as anomalias que ocorrem no Triângulo das Bermudas seja um dos grandes mistérios da humanidade: ocorrências inexplicáveis - principalmente no que se refere às constantes interferências eletromagnéticas - que resultaram em desaparecimentos de muitos aviões e navios.


Embora a descoberta das ruínas submersas tenha sido alardeada há alguns meses, desde 2002 os pesquisadores vieram a público anunciar o que haviam descobertos, ou seja, o achado arqueológico foi localizado há mais de uma década. Na época, Weinzweig declarou aos jornais: "Não sabemos ao certo o quê é, mas identificamos no fundo do mar algo relacionado à uma lenda do México (pré-hispânico), em que a tradição oral fala de uma civilização avançada de pessoas altas, de pele branca que vieram do Oriente, provenientes de uma ilha que afundou em um grande desastre natural. Ali, a palavra Atlanticu significa "nosso bom pai" ou "lugar onde descansa nosso bom pai".

Nem é necessário dizer que em 2002, a descoberta esteve cercada de incredulidade. O editor sênior da revista National Geographic, John Echave (que foi a Cuba estudar as imagens do sonar) comentou: "São anomalias interessantes mas isso é tudo que qualquer um pode dizer agora". Echave lembrou que é difícil explicar formações geológicas submarinas - a exemplo das outras que foram encontradas em outras partes do mundo, como no litoral do Japão e nas Bahamas.

O geólogo da Marinha cubana, Manuel Iturral, pediu mais amostras antes de tirar conclusões sobre o local, dizendo: "Nós temos alguns números que são extremamente incomuns, mas a natureza é muito mais rica do que pensamos". Estimando que teria levado 50.000 anos para tais estruturas terem afundado - baseado na profundidade em que foram encontradas - Iturral reconhece que há 50 mil anos atrás não havia capacidade de arquitetura para construir os complexos edifícios, em nenhuma das culturas que conhecemos.

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Foi necessário aguardar uma década, e em 2012, os pesquisadores obtiveram o financiamento necessário e a tecnologia adequada capaz de chegar perto das formações. O robô submarino ROV, equipado com câmeras e poderosos dispositivos de iluminação, confirmou a natureza antropológica das estruturas: de fato, são ruínas de uma cidade gigante que repousam no fundo das águas!

As ruínas incluem ao menos quatro pirâmides, sendo que uma delas comprovou-se ser totalmente confeccionada com um tipo de cristal geológico, além de outras estruturas, como magníficas esfinges e registros de uma escrita desconhecida gravada em blocos de pedra que pesam centenas de toneladas. Todo o complexo está localizado numa das extremidades do perímetro do Triângulo das Bermudas.

E aqui, mais uma vez, a ciência oficial conflita com os pesquisadores que descobriram o local. Apesar de ainda ser cedo para qualquer afirmação mais exata, os cientistas tradicionais afirmam que as ruínas pertencem a uma antiga civilização da América Central do período pré-clássico. Os exploradores canadenses, por sua vez, afirmam que as ruínas são, de fato, pertencentes à mítica Atlântida, lendário continente desaparecido, cuja menção histórica foi citada pela primeira vez, pelo filósofo Platão.

Independentemente das suas origens, o achado é revolucionário, uma das maiores descobertas arqueológicas dos últimos tempos comparável à exploração da tumba do faraó Tut-Ank-Amon e da confirmação arqueológica da Cidade de Troia. Entre as construções submarinas descobertas no Triângulo das Bermudas, as mais impressionantes são duas pirâmides gigantescas, maiores que a pirâmide de Quéops do Egito.


Uma delas teria dimensões avaliadas em 300 m de base por 200 metros de altura. Ambas foram, aparentemente, edificadas com um material semelhante a espesso vidro cristalino, com paredes lisas e translúcidas. No topo da pirâmide existem dois enormes orifícios.

Alguns teóricos especulativos cogitam que as pirâmides sejam atratores de raios cósmicos - ou ainda, que formam campos de energia de natureza quântica, criando um vácuo ou passagem capaz de tragar aqueles veículos que desapareceram ali ao longo da história.

Sei que há uma tendência quase que automática em julgar todas estas informações como sendo de procedência fake, mas recordo que os dados acima foram veiculados em muitos canais de informação que prezam pela seriedade. O próprio jornalista Luis Nassif, que dispensa apresentações (referência em jornalismo político) compartilhou a notícia em sua página

Resta aguardar novas informações detalhadas sobre o assunto. Isso é apenas a ponta do Iceberg... Melhor, é tão somente o topo de uma pirâmide - até então, esquecida por tempo incerto no fundo do oceano. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sobre a Mecanismo de Antikythera

Reconstituição da Máquina de Antikythera 

No ano de 1900, alguns dias antes da Páscoa, um grupo de pescadores gregos voltava das costas tunisianas (num total de 6 mergulhadores e 22 remadores, que tripulavam dois barcos). Ao passarem ao largo da pequena ilha de Antikythera, situada entre Creta e Cítera, foram surpreendidos por uma tempestade que os obrigou a ancorar perto da costa rochosa da ilha, num local conhecido por baía Pinakakaia.

Passada a tormenta, a tripulação decidiu aproveitar a estadia no local para mergulhar à procura de esponjas, (já que a área estava, até então,  inexplorada e devia ser rica em espécimes). Após um certo tempo, qual não foi a surpresa dos mergulhadores ao encontrar, a cerca de 40 metros de profundidade, os restos do naufrágio de uma embarcação de 50 metros onde, além do tradicional carregamento de ânforas, encontraram numerosas estátuas em mármore e bronze, juntamente com outros objetos tornados irreconhecíveis pelos depósitos orgânicos decorrentes da prolongada imersão no mar.

Impossibilitado de recolher uma carga tão pesada nos pequenos barcos que comandava, o líder do grupo, capitão Demétrios Kondos, decidiu assinalar cuidadosamente o local para, numa outra oportunidade, com barcos maiores e mais equipamentos, voltar para recolher o "tesouro". Retornaram sem maiores problemas ao porto de origem, em Syme, e durante quase seis meses discutiram exaustivamente se deveriam recolher os objetos por conta própria para depois revender com grande lucro aos colecionadores de antiguidades, ou comunicar o achado às autoridades gregas. 

Ao contrário do que quase sempre acontece, escolheram à segunda opção. Assim, entraram em contato, no dia 6 de novembro de 1900, com o Ministro da Educação Nacional, Spiridion Stáis, arqueólogo, que imediatamente se interessou pela descoberta e, após prometer uma recompensa para a tripulação, colocou à disposição do capitão Kondos, um navio da Marinha grega e todo o equipamento necessário para a recuperação da carga submersa.

Durante nove meses de exaustivo trabalho, que custou a vida de um mergulhador e ocasionou lesões permanentes em outros dois, a equipe retirou, peça por peça, a valiosa partida de objetos (em 1953 , os membros do grupo de pesquisa submarina de Jacques Cousteau visitaram o local perto de Antikythera, onde naufragou a nave grega. A opinião dos mergulhadores era de que restava ainda no local grande quantidade de material arqueológico a ser recolhido). 

O material foi transportado para Atenas, onde uma equipe chefiada pessoalmente por Stais, começou a examiná-lo e a classificá-lo. O interesse dos arqueólogos estava, então, inteiramente voltado para as estátuas e, apenas por um acaso (desses que só existem na realidade, pois na ficção seriam considerados exagero), é que a 17 de maio de 1902, o professor Stais descobriu, numa peça disforme e bastante corroída, de bronze, uma inscrição que lhe chamou a atenção.


Peça Original (ângulo frontal do mecanismo)

Naquele momento inaugurava-se uma nova era no campo de arqueologia submarina. Aquele grupo de humildes pescadores de esponja foi responsável por uma descoberta que iria revolucionar a história do conhecimento científico - a máquina de Antikythera.

Os estranhos fragmentos que até então tinham sido desprezados pelos arqueólogos mais interessados na estatuária e nos objetos artísticos, foram reunidos, e Stais chamou um especialista em numismática, o Professor Svonoros, para examinar a peça e a inscrição. Num exame detalhado, o perito constatou a presença de rodas dentadas, o que o levou a concluir que se tratava de um instrumento astronômico - possivelmente utilizado para efetuar cálculos orbitais.

A limpeza dos fragmentos possibilitou mais descobertas igualmente espantosas - e particularmente, um cursor circular graduado. Assim, não havia mais dúvidas: tratava-se de uma calculadora para uso astronômico construído pouco antes da era cristã (mais tarde foi possível determinar com mais exatidão a época de fabricação do engenho, situada entre 90 e 80 a.C.).

Quem poderia imaginar, até então, que a ciência da antiga Grécia tivesse o conhecimento capaz de criar, e o que é mais incrível ainda, construir um verdadeiro computador astronômico? Contudo, o interesse pela máquina arrefeceu nos anos seguintes. Somente em 1951 que as pesquisas foram retomadas, sob a direção do Professor Derek de Solla Price, catedrático de História da Ciência na Universidade de Yale, EUA. Este cientista foi quem realmente percebeu a importância do achado e as possibilidades que a descoberta teria para o estudo da ciência antiga.

A primeira etapa de seus trabalhos foi divulgada em 1959 pela revista Scíentific American (sem dúvida, a melhor e mais confiável publicação do gênero no mundo). Contudo, devido a esse tipo de pesquisa costumar ser extremamente delicada minuciosa, desenvolveu-se muito lentamente o processo de conhecimento acerca do mecanismo. Assim, passaram os anos sem que nada de novo fosse agregado às conclusões já existentes.

Em 1971, um novo e decisivo passo foi dado para o esclarecimento do funcionamento e das finalidades da máquina de Antikythera. Fazia algum tempo que o Professor Solla Price insistia na necessidade de radiografar as peças para conseguir mais informações a respeito do interior do engenho. Superando as dificuldades burocráticas o doutor Karakaos conseguiu, junto à Comissão Grega de Energia Nuclear, autorização para utilizar o equipamento radiológico de precisão daquela entidade.

Mais engrenagens foram detectadas pelo raio X, estas em muito melhor estado de conservação pelo fato de estarem resguardadas do contato direto. O professor Solla Price voltou à Grécia, para inteirar-se das novas descobertas, declarando na ocasião, com uma nota de humor -"Não existirá uma espécie de justiça emocionante no fato de serem usadas técnicas tão avançadas para lançar luz sobre o que é, sem dúvida, a peça mais importante capaz de levar-nos ao conhecimento da ciência e da técnica dos antigos gregos?"


Reconstituição de fragmento do Artefato

Aqui, novamente o acaso encarregar-se-ia de trazer elementos novos ao já intrincado problema. No depósito do Museu de Atenas foi encontrado um outro fragmento da máquina - que havia desaparecido no princípio do século.

Esse fragmento demonstrou ser de enorme importância. Externamente não apresentava nada de especial. Porém, após o exame radiológico, constatou-se que, em seu interior, havia uma engrenagem de 63 dentes, intacta e, em seguida percebeu-se se tratar da 'chave' para o entendimento das funções desempenhadas por todas as outras engrenagens até então descobertas.

A reconstrução detalhada do mecanismo não foi, como se pode imaginar, nada fácil. O cálculo do número de dentes de cada engrenagem estava sujeito a vários fatores de erros. Porém, com muita paciência, Solla Price terminou por estabelecer o funcionamento do mecanismo.

Sua construção era consequência das descobertas de Meton (astrônomo ateniense do século 5º a.C. - célebre pela invenção do ciclo luni-solar, que leva o seu nome e que foi adotado na Grécia em 433 a.C.). Meton inventou e apresentou publicamente, em Atenas, um instrumento chamado heliotropo, uma espécie de relógio de sol, para a observação dos solstícios. Calculou, também, um calendário meteorológico. No final de sua vida, para não ter que participar da expedição enviada a Sicília pelos Atenienses em 415 a.C, simulou uma crise de loucura. 

No ano seguinte foi satirizado por Aristófanes, que o fez representar um personagem ridículo em "Os Pássaros"), a respeito dos movimentos celestes da Terra e da Lua, que podemos resumir da seguinte forma: o Sol percorre os doze signos do zodíaco em aproximadamente 365 dias. A Lua realiza uma volta completa ao redor da Terra em pouco mais de 27 dias. 

A combinação destes movimentos faz com que um mês lunar, com suas quatro fases, tenha 29 dias e meio. Estas durações, contudo, são aproximadas. Apesar disso, Meton percebeu que 19 anos solares correspondem exatamente a 235 meses lunares ou a 254 (235 + 19), revoluções do nosso satélite ao redor da Terra. 

O professor Solla Price demonstrou que as engrenagens da máquina materializavam estes números com a ajuda das seguintes relações numéricas: 64/38 X 48/24 X 127/32 = 254/19  - onde os números empregados correspondem aos dentes das engrenagens. Como podemos ver na ilustração, na parte dianteira da máquina localizavam-se os quadrantes solar e lunar "verdadeiros", e na parte traseira um outro quadrante indicava as fases da Lua e os meses lunares.

Possivelmente, o cônsul romano Cícero (106-43 a.C.) apreciou a máquina quando de sua estada em Rhodes no ano 77 a.C., pois sua construção deve ter sido terminada em 87 a.C. (inicialmente, existia uma hipótese de que a construção da máquina de Antikythera teria sido concluída em 34 d.C., porém essa ideia foi abandonada em seguida, pois esta data estava em desacordo com o ano de fabricação das ânforas que foram encontradas no mesmo barco que a transportava). 


Engrenagens sofisticadas reveladas por Raios-X

Mil anos mais tarde, o sábio árabe Al-Biruni descreveu uma calculadora astronômica que apresenta os mesmos princípios da antiga máquina grega, com exceção do mecanismo de engrenagens diferenciais, bastante complexo, responsável pela transmissão primária da máquina.

Engenhos semelhantes foram também construídos durante a primeira revolução tecnológica (1.100 a 1.300), por alguns relojoeiros mecânicos, entre eles o abade Richard de Wallingford (1.327) e Giovanni de Bondi (1.350). Todos estes engenhos descendem em linha reta da Máquina de Antikythera, o elo que faltava na corrente da evolução do cálculo astronômico, e que muito mais tarde, no século XVII, possibilitaria a revolução científica de Kepler e Galileu.

Reportagem da Revista Planeta - Ano 1977 
(conteúdo constante no link)

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